Licenciatura em Bioinformática

O Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público (CNA) é a principal via (regime geral) de acesso aos cursos de 1.º Ciclo e Mestrado Integrado. Este acesso é organizado e coordenado diretamente pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

A bioinformática é uma área interdisciplinar que combina a biologia, a ciência de computadores e a estatística para analisar e interpretar dados biológicos e biomédicos.

A bioinformática desempenha um papel crucial na biologia moderna e na investigação biomédica, permitindo a análise, interpretação e gestão de dados biológicos em grande escala, facilitando os avanços na genómica, proteómica, descoberta de medicamentos, medicina personalizada e compreensão de sistemas biológicos complexos.

A bioinformática tem múltiplas aplicações em vários domínios fundamentais, incluindo:

• Genómica, na análise e interpretação da sequência de ADN, na montagem do genoma, na anotação de genes e na genómica comparativa.
• Proteómica, na análise das sequências, estruturas e interacções das proteínas. Na previsão da função das proteínas, nas redes de interação e na identificação de alvos para medicamentos.
• Transcriptómica, permitindo analisar dados de expressão genética para estudar a regulação genética.
• Metagenómica, no estudo das comunidades microbianas e na sua composição genética em amostras ambientais, contribuindo para a compreensão das interações hospedeiro-micróbio.
• Biologia estrutural, no desenvolvimento para modelação para analisar e prever estruturas proteicas.
• Descoberta e desenvolvimento de medicamentos.
• Biologia evolutiva, através do estudo de relações evolutivas ou na análise de variações genéticas dentro e entre espécies.
• Medicina personalizada, através do desenvolvimento de biomarcardores e modelos de risco para diagnóstico, prognóstico de pacientes.

O termo “bioinformática” foi estabelecido no início da década de 1970, mas foi na década de 1990 que esta disciplina cresceu e ganhou relevância. A sequenciação do genoma humano no início deste século (2003), levou a uma revolução no conhecimento científico e a importantes desenvolvimentos tecnológicos. Entre estes destaca-se o rápido avanço das tecnologias de sequenciação de ADN que resultou num crescimento exponencial e na acumulação de dados biológicos em grande escala. Tornou-se, assim, evidente a necessidade de desenvolver ferramentas e métodos computacionais para analisar e interpretar esses dados.

• Instituições de investigação e de carácter académico.
• Agências governamentais e organismos reguladores.
• Empresas de bioinformática e start-ups tecnológicas na área da saúde.
• Empresas na área da alimentação e agricultura.
• Empresas farmacêuticas e de biotecnologia.
• Empresas de ciência de dados e de desenvolvimento de software.
• Ambientes de contexto clínico e de cuidados de saúde, incluindo institutos de saúde pública, centros de diagnóstico ou hospitais.
• Outras, dada a natureza interdisciplinar da bioinformática, os bioinformáticos estão aptos para colaborar com profissionais de várias áreas podendo levar a oportunidades e carreiras profissionais bastante diversificadas.